A preocupação é tanta com a galinha “Abacaxi”, que são raras as vezes em que a estudante Liriel Ajiki, de 16 anos, sai de casa, no bairro Nova Lima, região norte de Campo Grande. Quando isto acontece, a avó fala que ela fica “de hora em hora” perguntando como o animal está, além de pedir fotos para conferir se realmente ela está bem.
Criada ao lado de um cachorro, a galinha tem rede social e ganhou até uma coleção de chapéus após a estudante aprender a fazer crochê. “Sempre gostei muito de galinha, é uma paixão que tenho desde criança, quando ia lá no galinheiro de uma rancho da família. Eu pedi para minha avó e, agora em abril, vai fazer um ano que ela está aqui em casa comigo. Ela convive bem ao lado do Zeus, o meu pinscher”.
Como tem o hábito de dormir tarde, Liriel fala que a galinha a acompanha e, geralmente, acorda por volta das 7 horas da manhã. “Ela é diferente das outras galinhas, já se tornou um animal doméstico e fica cacarejando só quando eu acordo. Ela tem o espaço dela , toma banho uma vez ao mês, tem a ração dela e eu posto a rotina dela em uma rede social”, comentou.
A avó, a vendedora Maria Eliana Moreira da Silva, de 63 anos, recorda até a data em que presenteou a neta com a galinha: 12 de abril de 2020. “Antes, ela pediu tanto que demos a ela um galo carijó, só que ele começou a ficar agressivo, brigava com o cachorro e levei ele para minha nora. Quando chocou, dei para ela o pintinho e agora é criada dentro de casa. Minha neta é daquelas que vê animal na rua e quer pegar, é uma paixão louca”, contou.
O tenente-coronel da Polícia Militar Ambiental (PMA), Ednilson Queiroz, falou que, com relação à questão ambiental, não há nada que impeça criar a galinha como um pet. “Só não pode ocorrer o crime de maus-tratos. É algo que não tem a ver com a legislação ambiental e sim regularizado pelo município. Eu mesmo, na minha infância, tive um galo, bem bravo, como animal de estimação em casa”, finalizou.
Já o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) não é autorização a criação desses animais provenientes de zona rural dentro do perímetro urbano da cidades, já que eles podem ser portadores de doenças que não circulam na cidade, assim como também podem pegar doença e isso pode prejudicar a saúde da família. Neste caso, no entanto, é uma única galinha e o fato é cabível de interpretação, já que não se trata de um galinheiro.
Fonte: G1 MS
Por: Thiago Silva*
*Com a supervisão e autorização do diretor do departamento de jornalismo da Cultura FM 97,3